Em 2025, um novo golpe tem preocupado os contribuintes brasileiros: criminosos estão se passando pela Receita Federal para cobrar falsas dívidas relacionadas ao Imposto de Renda. Utilizando páginas fraudulentas e técnicas de engenharia social, os golpistas induzem as vítimas a realizar pagamentos indevidos via Pix, causando prejuízos financeiros e comprometendo dados pessoais.
Como funciona o golpe
Criação de páginas falsas
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Os golpistas desenvolvem sites que imitam com perfeição o layout e a identidade visual da Receita Federal. Essas páginas falsas solicitam que o contribuinte insira seus dados pessoais e, em seguida, apresentam uma suposta dívida relacionada ao Imposto de Renda, oferecendo uma chave Pix para o pagamento imediato.
Abordagem por e-mail ou mensagens
As vítimas recebem comunicações via e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens, informando sobre irregularidades fiscais e orientando a regularização por meio do site fraudulento. Essas mensagens utilizam linguagem formal e elementos visuais que conferem credibilidade à fraude.
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Pressão psicológica
Para aumentar a eficácia do golpe, os criminosos impõem prazos curtos para o pagamento, ameaçando bloqueio do CPF ou outras sanções legais. Essa pressão psicológica visa levar a vítima a agir rapidamente, sem verificar a veracidade das informações.
Escala do problema
Número de páginas fraudulentas
Segundo levantamento da consultoria Redbelt Security, mais de 1.400 páginas falsas simulando ser da Receita Federal estavam ativas no início do período de declaração do Imposto de Renda em 2025. Apenas na primeira semana, foram identificadas 234 novas páginas fraudulentas, uma média de 33 por dia.
Acesso a dados pessoais
Os golpistas utilizam dados pessoais obtidos por meio de vazamentos anteriores para tornar as fraudes mais convincentes. Informações como nome completo, CPF e histórico de declarações são empregadas para personalizar as abordagens e aumentar a taxa de sucesso dos golpes.
Legislação e combate aos crimes virtuais
Atualização do Código Penal
Em 2021, o Congresso Nacional aprovou alterações no Código Penal para endurecer o combate aos crimes virtuais. A criação de páginas falsas se passando por órgãos públicos, como a Receita Federal, passou a ser tipificada como crime específico, com penas mais severas para os infratores.
Ações da Receita Federal
A Receita Federal tem emitido alertas sobre esses golpes e reforçado que não envia mensagens por e-mail ou aplicativos de mensagens sem o consentimento do contribuinte. Além disso, orienta que pagamentos de tributos sejam realizados exclusivamente por meio de guias oficiais emitidas pelo site oficial do órgão.
Como se proteger
Verificação de autenticidade
Antes de fornecer qualquer informação ou realizar pagamentos, verifique se o site acessado possui o domínio oficial da Receita Federal (gov.br). Desconfie de páginas com endereços suspeitos ou que solicitem dados sensíveis de forma incomum.
Atenção a comunicações recebidas
Desconfie de mensagens que informem sobre dívidas fiscais e exijam pagamentos imediatos via Pix. A Receita Federal não utiliza esse meio para cobranças. Em caso de dúvida, entre em contato diretamente com o órgão por meio dos canais oficiais.
Atualização de sistemas de segurança
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Mantenha seus dispositivos atualizados com antivírus e firewalls ativos. Essas ferramentas podem ajudar a identificar e bloquear sites fraudulentos, protegendo seus dados pessoais.
Educação digital
Esteja atento às técnicas de engenharia social utilizadas pelos golpistas. Informar-se sobre os métodos comuns de fraude pode aumentar sua capacidade de identificar e evitar golpes.
O que fazer se for vítima
Registro de boletim de ocorrência
Caso tenha sido vítima do golpe, registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet. Esse registro é fundamental para que as autoridades possam investigar e tomar medidas contra os responsáveis.
Comunicação com a Receita Federal
Informe a Receita Federal sobre o ocorrido, fornecendo detalhes da fraude. Isso pode ajudar o órgão a identificar e desativar páginas fraudulentas, além de alertar outros contribuintes.
Monitoramento de contas bancárias
Verifique suas contas bancárias e cartões de crédito em busca de transações suspeitas. Caso identifique movimentações não autorizadas, entre em contato com sua instituição financeira para tomar as medidas necessárias.
Conclusão
A crescente sofisticação dos golpes virtuais exige atenção redobrada dos contribuintes. Em 2025, a falsa dívida do Imposto de Renda se tornou uma das fraudes mais comuns, explorando a confiança dos cidadãos na Receita Federal. A prevenção passa pela verificação cuidadosa das informações recebidas, uso de canais oficiais para comunicação e pagamento de tributos, além da denúncia de atividades suspeitas às autoridades competentes.