O Ministério da Saúde oficializou a compra de 57 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, com o objetivo de garantir a imunização da população diante do surgimento de novas variantes do coronavírus. O contrato foi assinado em 11 de abril de 2025 e contempla o fornecimento parcelado da versão mais atualizada do imunizante da Pfizer, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Vacinas contra a Covid-19 continuam essenciais para saúde pública
A aquisição reforça o compromisso do governo federal com a continuidade da vacinação, reconhecendo a importância de manter alta a cobertura vacinal mesmo após o arrefecimento da pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, 86% da população brasileira já recebeu ao menos duas doses da vacina, mas o reforço é necessário diante das mutações do vírus.
A nova geração de vacinas: atualização constante contra variantes
As vacinas adquiridas são baseadas em cepas mais recentes do coronavírus, com maior eficácia contra variantes como a Ômicron e suas sublinhagens. Com essa estratégia, o Brasil busca manter a eficácia da imunização em alta, protegendo principalmente os grupos mais vulneráveis.
Detalhes da compra e logística de entrega
Entrega começa entre abril e maio de 2025
A primeira remessa, composta por 8,5 milhões de doses, está prevista para chegar entre abril e maio de 2025. As demais entregas ocorrerão conforme a demanda e a adesão à campanha de vacinação em todo o território nacional.
Contrato com validade de dois anos
O contrato firmado integra uma ata de registro de preços concluída em 2024 e prevê a possibilidade de execução em até dois anos. Entretanto, os valores contratados podem ser utilizados integralmente antes desse prazo, caso haja necessidade epidemiológica e disponibilidade orçamentária.
Investimento de R$ 700 milhões
O governo federal estima um investimento de R$ 700 milhões apenas em 2025 para a aplicação de mais de 15 milhões de doses. O contrato com a Pfizer substitui a empresa Zalika, que teve sua versão da vacina reprovada pela Anvisa.
Público-alvo: quem deve tomar a vacina contra a Covid-19
Imunização para adolescentes e adultos
As doses adquiridas da Pfizer são indicadas para pessoas a partir de 12 anos de idade, incluindo adolescentes e adultos. A expectativa é ampliar a proteção nessa faixa etária com o reforço vacinal atualizado.
Grupos prioritários e calendário nacional
A vacina contra Covid-19 já integra o Calendário Nacional de Vacinação para alguns grupos específicos. A vacinação é recomendada para:
- Crianças menores de 5 anos
- Gestantes (uma dose por gestação)
- Idosos (uma dose a cada seis meses)
- Pessoas imunocomprometidas (uma dose a cada 6 meses)
- Pessoas com comorbidades
- Ribeirinhos, quilombolas e indígenas
- Outros grupos especiais, conforme orientação local
Vacinação periódica para grupos especiais
Esses grupos deverão ser vacinados periodicamente nas unidades básicas de saúde. Para os grupos com maior vulnerabilidade imunológica, como os imunocomprometidos, a periodicidade é semestral. Para os demais grupos especiais, a dose será aplicada anualmente.
Imunização segue disponível no SUS
Todas as vacinas adquiridas pelo Ministério da Saúde serão distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo os critérios de priorização definidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). A distribuição será feita de forma equitativa entre os estados, com base na demanda e nos estoques.
Critérios de atualização tecnológica
A ata de registro de preços prevê a aquisição apenas de vacinas com tecnologia atualizada, aprovadas pela Anvisa e adaptadas às variantes mais prevalentes no cenário nacional e internacional.
Por que manter a vacinação contra a Covid-19?
Novas variantes ainda representam riscos
Apesar da diminuição de casos graves e óbitos em comparação com os piores momentos da pandemia, novas variantes do coronavírus continuam surgindo. Algumas delas apresentam maior transmissibilidade e capacidade de escape imunológico, o que reforça a necessidade de vigilância e vacinação contínua.
Manutenção da imunidade coletiva
A imunização periódica é fundamental para manter a proteção da população e evitar surtos locais. A vacinação também protege os indivíduos que, por algum motivo, não podem receber o imunizante, por meio da chamada imunidade de rebanho.
Cobertura vacinal e redução de internações
Dados do Ministério da Saúde indicam que a vacinação reduziu significativamente os índices de hospitalização e mortalidade por Covid-19. O reforço vacinal, especialmente entre os mais vulneráveis, tem impacto direto na sustentabilidade do sistema de saúde.
Substituição da Zalika pela Pfizer
Reprovação técnica levou à mudança
A Pfizer assumiu a responsabilidade pela entrega das vacinas após a reprovação, por parte da Anvisa, da versão atualizada do imunizante da empresa Zalika. Com isso, a segunda colocada na licitação foi convocada para assumir o fornecimento, o que garantiu a continuidade do processo de compra pública.
Compromisso com a qualidade e segurança
A decisão reforça o papel da Anvisa como autoridade reguladora e do Ministério da Saúde como agente de garantia da segurança e eficácia dos imunizantes utilizados em larga escala na população.
A importância do calendário vacinal atualizado
Covid-19 passa a integrar o calendário nacional
Desde 2024, a vacina contra a Covid-19 foi oficialmente incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação para gestantes, crianças e idosos, tornando-se uma rotina nas campanhas anuais de imunização.
Vacinação simultânea com outras vacinas
O Ministério da Saúde permite a aplicação da vacina contra a Covid-19 junto com outras vacinas do calendário, como gripe e tétano, otimizando o atendimento nas salas de vacinação e ampliando o alcance da cobertura.
Considerações Finais
A aquisição de 57 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 representa uma medida estratégica do governo brasileiro para garantir a proteção da população diante de novos desafios epidemiológicos. Com a entrega gradual, atualização tecnológica e foco nos grupos mais vulneráveis, a vacinação segue como ferramenta essencial para o controle da doença no Brasil.