Em 2025, a Receita Federal voltou a emitir um alerta para os brasileiros sobre o retorno de um golpe por correspondência, que utiliza indevidamente o nome do contribuinte para enganá-lo e aplicar fraudes. Esse tipo de golpe é uma prática recorrente e tem causado transtornos, principalmente para aqueles que não estão familiarizados com os processos fiscais e de notificação da Receita Federal. O golpe ocorre quando criminosos se passam pela Receita, enviando cartas falsas para as vítimas, com o objetivo de obter informações pessoais ou até mesmo causar prejuízos financeiros.
Este artigo tem como objetivo esclarecer os principais detalhes sobre esse golpe, como identificá-lo, o que fazer caso você seja vítima e como se proteger para evitar cair em fraudes desse tipo. Acompanhe as orientações da Receita Federal para entender melhor como se proteger desse golpe por correspondência.
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O que é o golpe por correspondência da Receita Federal?
O golpe por correspondência envolve o envio de cartas falsas, que se fazem passar por notificações oficiais da Receita Federal. Essas cartas geralmente apresentam um conteúdo que alerta sobre pendências fiscais, multas ou até mesmo exigências de pagamentos relacionados a impostos. Muitas vezes, os criminosos solicitam que o contribuinte faça o pagamento diretamente em contas bancárias de pessoas físicas ou empresas fictícias, com o objetivo de desviar o dinheiro para sua conta pessoal.
A tática utilizada pelos golpistas é fazer com que as vítimas acreditem que estão lidando com uma notificação legítima da Receita Federal, o que pode resultar em um grande prejuízo financeiro. Além disso, esses golpistas também tentam obter dados pessoais e bancários da vítima, que podem ser usados em outras fraudes, como o roubo de identidade ou a abertura de contas bancárias falsas em nome da pessoa.
Como funciona o golpe por correspondência?
O golpe por correspondência geralmente segue um padrão: o criminoso cria uma correspondência falsa que imita o estilo e a linguagem das comunicações oficiais da Receita Federal. O envelope pode parecer legítimo, e o conteúdo da carta contém um tom formal, que induz o contribuinte a acreditar que se trata de uma notificação verdadeira.
Essas cartas falsas frequentemente pedem que o contribuinte realize o pagamento de uma suposta dívida ou que forneça informações sensíveis, como dados bancários, CPF, número de identidade, entre outros. Além disso, é comum que os golpistas solicitem que o pagamento seja feito por meio de depósitos bancários em contas de pessoas físicas, sem qualquer vínculo com a Receita Federal.
Outro detalhe importante é que, em alguns casos, o golpe utiliza o nome de um funcionário da Receita Federal, para tentar passar mais credibilidade ao conteúdo da correspondência. A carta pode ainda apresentar um “número de protocolo” e “informações fiscais”, que parecem convincentes, mas que são totalmente falsas.
Como identificar o golpe por correspondência?
A Receita Federal tem alertado constantemente a população sobre a importância de verificar a autenticidade de qualquer correspondência recebida, especialmente aquelas que envolvem pedidos de pagamento ou solicitação de dados pessoais. Para ajudar a identificar o golpe, a Receita sugere que os contribuintes fiquem atentos a alguns sinais:
1. Pedidos de pagamento em contas pessoais
A Receita Federal nunca solicita que o pagamento de tributos seja feito em contas de pessoas físicas ou de empresas não vinculadas ao governo. Pagamentos devem ser feitos por meio de boletos bancários gerados no site da Receita Federal ou por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).
2. Urgência nas solicitações
Os golpistas costumam utilizar a pressão da urgência, pedindo que o pagamento seja feito imediatamente, sob risco de aumento da dívida ou aplicação de multa. No entanto, a Receita Federal nunca exige um pagamento urgente ou imediato sem a devida formalidade.
3. Falta de informações detalhadas
As cartas falsas geralmente não contêm informações específicas sobre o contribuinte ou detalhes do suposto débito fiscal. Elas são genéricas e tentam induzir o leitor a fornecer seus dados sem questionamentos.
4. Falhas no endereço de correspondência
Muitas vezes, o envelope das cartas fraudulentas apresenta erros de grafia ou falhas no endereço de envio, que podem ser um indício de que não se trata de uma correspondência oficial.
5. Número de telefone duvidoso
Quando a correspondência pede que o contribuinte entre em contato por telefone, é importante verificar se o número é oficial. A Receita Federal disponibiliza apenas números de telefone e canais de comunicação oficiais, como o site institucional e a central de atendimento.
O que fazer se você receber uma correspondência suspeita?

Caso você receba uma correspondência que desconfia ser falsa ou um golpe, a Receita Federal recomenda que siga as seguintes orientações:
1. Não realize nenhum pagamento ou forneça dados pessoais
Caso a correspondência solicite pagamentos ou informações sensíveis, não forneça nenhuma resposta. Nunca faça depósitos bancários ou transferências para contas desconhecidas.
2. Verifique a correspondência
Para confirmar a autenticidade da carta, acesse o site oficial da Receita Federal e consulte os canais de atendimento disponíveis. Você também pode verificar se há alguma notificação semelhante em seu CPF no portal da Receita Federal.
4. Entre em contato com a Receita Federal
Se você tiver dúvidas sobre a correspondência recebida, entre em contato diretamente com a Receita Federal por meio do site oficial ou do número de telefone de atendimento (0800-9782338).
5. Denuncie o golpe
Caso você tenha recebido uma carta fraudulenta, é fundamental denunciar o caso à Receita Federal para que as autoridades possam investigar e tomar as providências necessárias. Você pode realizar a denúncia por meio do site da Receita Federal ou por outros canais oficiais.
6. Como se proteger de golpes desse tipo?
Para se proteger de fraudes e golpes por correspondência, a Receita Federal recomenda adotar algumas medidas de segurança:
7. Mantenha seus dados atualizados
Sempre mantenha seus dados atualizados no sistema da Receita Federal, garantindo que o órgão tenha acesso a informações corretas sobre você e sua situação fiscal.
8. Cuidado com e-mails e links suspeitos
Além das correspondências, golpistas também podem tentar enganar as pessoas por meio de e-mails falsos ou links fraudulentos. Não clique em links suspeitos ou forneça seus dados pessoais online, especialmente em mensagens não solicitadas.
9. Verifique sempre as fontes
Antes de fornecer qualquer dado pessoal, sempre verifique se a solicitação é legítima. A Receita Federal nunca envia e-mails ou solicita dados pessoais por telefone ou correio sem que você tenha iniciado o contato.
10. Fique atento às notícias
Acompanhe os alertas da Receita Federal sobre fraudes e golpes. O órgão constantemente divulga informações importantes sobre as práticas fraudulentas mais recentes e como se proteger.
Considerações finais
O golpe por correspondência, que se utiliza do nome da Receita Federal para enganar os cidadãos, é uma ameaça real e crescente em 2025. No entanto, com atenção e precaução, é possível identificar esses golpes e evitar cair nas armadilhas dos criminosos. A principal recomendação é sempre verificar a autenticidade das correspondências recebidas e, em caso de dúvida, entrar em contato diretamente com a Receita Federal. Lembre-se: o governo nunca solicita pagamentos em contas pessoais e sempre adota processos formais para a cobrança de tributos.