Entenda os direitos e tire dúvidas sobre a transferência de benefícios!
Um questionamento frequente é se um dependente de alguém que recebia o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) tem direito à Pensão por Morte após o falecimento do titular. A resposta nem sempre é simples e depende de diversos fatores, como a causa do falecimento e se o falecido contribuiu para o INSS. O BPC/LOAS é um benefício assistencial destinado a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que comprovem renda familiar mensal per capita inferior a 1/4 do salário mínimo.
É comum a dúvida sobre o destino do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) após o falecimento do titular. Dependentes questionam se a Pensão por Morte é um direito automático, e a resposta nem sempre é simples. Diversos fatores influenciam na decisão, como a causa do falecimento e o histórico de contribuições do falecido junto ao INSS.
O benefício se diferencia dos benefícios previdenciários por ser um programa de cunho assistencial. Destinado a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência, o BPC tem como objetivo garantir a subsistência daqueles que se encontram em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social.
A transferência da pensão por morte para dependentes do titular do BPC/LOAS depende de algumas condições específicas:
- Morte por Acidente de Trabalho: Caso o falecimento tenha ocorrido em decorrência de acidente de trabalho, os dependentes podem ter direito à pensão especial, mesmo que o titular não tenha contribuído para o INSS.
- Morte por Doença Ocupacional: Em casos de morte por doença ocupacional, os dependentes também podem ter direito à pensão especial, desde que o falecido tenha comprovado a relação entre a doença e o trabalho.
- Tempo de Contribuição: Se o titular do BPC/LOAS possuía tempo de contribuição inferior a 18 meses no INSS, seus dependentes não terão direito à pensão por morte.
- Existência de Outros Benefícios: A concessão da pensão por morte também depende da análise de outros benefícios já recebidos pelos dependentes, como pensão alimentícia ou salário-maternidade.
Outras informações relevantes:
- Menores de Idade: Dependente menores de idade que recebiam o BPC/LOAS junto com o titular continuarão a receber o benefício assistencial até a maioridade.
- Maiores de Idade: Dependente maiores de idade que recebiam o BPC/LOAS junto com o titular podem ter o benefício cessado após o falecimento, a depender da renda familiar per capita.
Para esclarecer dúvidas específicas sobre a transferência de benefícios após o falecimento do titular do BPC/LOAS, é fundamental consultar um profissional especializado em direito previdenciário ou buscar orientação junto ao INSS. A análise do caso concreto e das particularidades de cada situação é crucial para determinar os direitos dos dependentes e garantir o acesso à justiça social.
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Diferença entre BPC/LOAS e pensão por morte
- BPC/LOAS: Benefício assistencial, não exige contribuição para o INSS.
- Pensão por morte: Benefício previdenciário, exige contribuições mínimas do falecido.
Em regra geral, dependentes de quem recebia BPC/LOAS não têm direito à Pensão por Morte. Isso ocorre porque o BPC/LOAS é um benefício assistencial, e não previdenciário.
Existe uma exceção a essa regra: se o falecido contribuiu para o INSS por pelo menos 18 meses, seus dependentes podem ter direito à Pensão por Morte, mesmo que o falecido estivesse recebendo o BPC/LOAS no momento do falecimento.
Outras possibilidades:
- Auxílio-funeral: Dependentes do titular do BPC/LOAS podem ter direito ao auxílio-funeral, desde que comprovem as despesas com o sepultamento.
- Outros benefícios: Menores de idade ou pessoas com deficiência que dependiam do titular do BPC/LOAS podem ter direito a outros benefícios assistenciais, como o LOAS para pessoas com deficiência.
É importante buscar orientação especializada para avaliar cada caso individualmente. Um advogado previdenciário ou o próprio INSS podem fornecer as informações precisas sobre os direitos dos dependentes do titular do BPC/LOAS.
Imagem: perfectlab / Envato