O que é a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson, segunda doença neurodegenerativa mais prevalente após a doença de Alzheimer, foi identificada em 1817 pelo médico inglês James Parkinson. Caracteriza-se por ser crônica e progressiva, afetando o sistema nervoso central por meio da degeneração de células que produzem dopamina.
Manifestando-se tipicamente entre a 5ª e 6ª décadas de vida, estima-se que cerca de 1% da população acima de 60 anos seja afetada. Em Portugal, aproximadamente 18.000 pessoas são diagnosticadas com esta condição.
- Quais são os sintomas da doença de Parkinson?
A doença manifesta-se através de sintomas motores e não motores. Os sintomas motores, conhecidos como parkinsonismo, incluem bradicinesia, rigidez, tremor em repouso, e alterações na postura e marcha. Já os sintomas não motores podem variar de distúrbios emocionais e cognitivos a problemas gastrointestinais e de sono.
Sintomas motores:
- Bradicinesia: Lentidão dos movimentos; presença necessária para diagnóstico.
- Rigidez: Resistência ao movimento passivo das articulações.
- Tremor em repouso: Presente em cerca de 70% dos pacientes.
- Instabilidade postural: Dificuldade em manter o equilíbrio.
Sintomas não motores:
- Alterações emocionais como depressão e ansiedade.
- Problemas de sono e distúrbios gastrointestinais.
- Disfunção cognitiva e alterações nos sentidos.
Por que ocorre a doença de Parkinson? Quais as causas?
As causas específicas do Parkinson ainda são mistério, mas fatores genéticos e ambientais são considerados contribuintes. A idade é o principal fator de risco, com a doença se tornando mais comum à medida que as pessoas envelhecem. Mutação genéticas também são comuns entre os portugueses.
O diagnóstico é primariamente clínico, baseado nos sintomas e resposta a medicamentos específicos, como a levodopa. A progressão da doença varia, e é influenciada por diversos fatores como idade do início dos sintomas, tipo de apresentação dos sintomas e a eficácia da resposta ao tratamento.
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Abordagens de tratamento para a doença de Parkinson:
O tratamento da Doença de Parkinson pode incluir medicamentos para controlar tanto sintomas motores quanto não motores, intervenção cirúrgica como a Estimulação Cerebral Profunda, e estratégias de reabilitação multidisciplinar incluindo fisioterapia e terapia ocupacional. Assim como o acompanhamento médico, um estilo de vida saudável e o suporte de cuidadores são essências para a qualidade de vida dos pacientes.
Embora sem cura, os avanços no entendimento e tratamento da Doença de Parkinson continuam a oferecer esperança e melhorias na qualidade de vida dos pacientes. Ao compreender mais sobre os sintomas, causas, e opções de tratamento, pacientes e cuidadores podem gerenciar melhor a doença e seus desafios.
Imagem: Jornal da USP