Pesquisas sobre Alzheimer no Brasil e no mundo: Uma análise aprofundada
Recentemente, um estudo realizado pela CNN, utilizando dados do Google Trends, revelou que o Brasil ocupa a quinta posição entre os países que mais pesquisam sobre a doença de Alzheimer no Google. O interesse por informações e tratamentos relacionados a esta condição neurodegenerativa tem crescido substancialmente, refletindo uma conscientização crescente sobre a doença tanto no contexto nacional quanto internacional.
Este aumento no volume de buscas pode ser observado em dados compilados desde 2004, com picos significativos em 2019 e 2022. No Brasil, os anos de 2004 a 2005 e novamente em 2022 destacaram-se pelas altas pontuações nas buscas, sugerindo um interesse renovado e preocupações contemporâneas sobre o Alzheimer.
Quais são as principais dúvidas dos brasileiros sobre Alzheimer?
Entre as dúvidas mais comuns estão a definição da doença, os sinais de Alzheimer precoce, as fases do Alzheimer e as opções de tratamento disponíveis. Tais questões refletem uma necessidade premente de informação de qualidade e acessível sobre o tema.
O Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, pode trazer diversas dúvidas e incertezas. Para te auxiliar nessa jornada, preparei este guia completo com respostas para as perguntas mais frequentes sobre a doença:
- O que é o Alzheimer?
O Alzheimer é uma doença progressiva que ataca o cérebro, causando perda de memória, declínio cognitivo e mudanças de comportamento. Ela é a principal causa de demência, afetando mais de 55 milhões de pessoas no mundo, com um número estimado de 96 milhões até 2040.
- Quais os sinais de Alzheimer precoce?
Os sinais precoces podem ser sutis e muitas vezes confundidos com o envelhecimento natural. Alguns dos principais sintomas incluem:
- Perda de memória recente: Dificuldade em lembrar-se de eventos recentes, como conversas, compromissos ou lugares que visitou.
- Dificuldades em encontrar palavras: Encontrar dificuldade para se expressar ou lembrar-se de nomes de pessoas ou objetos.
- Desorientação espacial e temporal: Perder-se em lugares familiares, esquecer datas importantes ou ter dificuldade em se localizar no tempo.
- Alterações de humor e comportamento: Irritabilidade, depressão, ansiedade, apatia ou mudanças na personalidade.
- Dificuldades em realizar tarefas: Perda da capacidade de realizar tarefas cotidianas como cozinhar, se vestir ou administrar as finanças.
- Quais são as 7 fases do Alzheimer?
O Alzheimer é geralmente dividido em 7 fases, cada uma com um conjunto de sintomas específicos:
Fase 1: Pré-clínica: Nessa fase, a doença está presente no cérebro, mas os sintomas ainda não são perceptíveis.
Fase 2: Perda de memória leve: A perda de memória recente se torna mais frequente e podem haver dificuldades em encontrar palavras e realizar tarefas complexas.
Fase 3: Deterioração da memória leve: A perda de memória se torna mais significativa, afetando o trabalho e as atividades sociais.
Fase 4: Alzheimer moderado: A perda de memória é grave, afetando a independência na vida diária. A desorientação espacial e temporal se torna mais frequente, assim como as alterações de humor e comportamento.
Fase 5: Alzheimer moderado grave: A necessidade de ajuda no dia a dia aumenta consideravelmente. Dificuldades na comunicação, alterações de humor e comportamento se tornam mais intensas.
Fase 6: Alzheimer grave: A perda de memória é profunda e a pessoa se torna dependente para todas as atividades da vida diária. A comunicação se torna muito difícil e a incontinência urinária e fecal pode ocorrer.
Fase 7: Alzheimer terminal: A pessoa fica acamada e perde a capacidade de responder a estímulos.
É importante ressaltar que essa é uma progressão geral e cada caso pode apresentar diferentes nuances.
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- Quais são as formas de tratamento?
Atualmente, não existe cura para o Alzheimer, mas existem diversos tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Entre as opções, podemos citar:
- Medicamentos: Medicamentos como inibidores da colinesterase e memantina podem ajudar a melhorar a função cognitiva e reduzir a progressão da doença.
- Terapia ocupacional: Essa terapia ajuda o paciente a manter a independência na vida diária, ensinando-o a lidar com as tarefas do dia aa dia de forma segura e eficaz.
- Fisioterapia: A fisioterapia ajuda a manter a força, o equilíbrio e a coordenação motora do paciente.
- Fonoaudiologia: A fonoaudiologia ajuda o paciente com as dificuldades de comunicação e deglutição.
- Cuidados com o paciente: É fundamental fornecer ao paciente um ambiente seguro e acolhedor, além de cuidados com a higiene, alimentação e medicação.
- O Alzheimer é genético?
O Alzheimer não é uma doença totalmente genética, mas a genética desempenha um papel importante no seu desenvolvimento. Pessoas com histórico familiar da doença possuem um risco maior de desenvolver a doença, principalmente se um dos pais ou irmãos a tiver antes dos 65 anos.
No entanto, é importante lembrar que ter histórico familiar não significa que a pessoa terá Alzheimer, e muitos fatores podem influenciar o risco de desenvolver a doença, como estilo de vida, hábitos alimentares e controle de doenças crônicas.
Imagem: Reprodução Biblioteca Cofen