Brasil em alerta com o crescimento de casos de dengue em idosos
Os idosos estão mais suscetíveis a desenvolver formas graves da dengue. Mesmo na ausência de condições médicas preexistentes, pacientes com mais de 65 anos são automaticamente considerados como pertencentes a um grupo de risco elevado.
A dengue, uma doença tropical transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, se configura como um problema de saúde pública de grande relevância, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. No entanto, um grupo etário se encontra sob risco ainda maior: os idosos.
Nesse post, vamos abordar os perigos da dengue para a população idosa, explorando as particularidades da doença nesse grupo, os fatores que aumentam a vulnerabilidade e as medidas de prevenção que podem ser tomadas para proteger nossos familiares mais velhos. É fundamental conscientizar a sociedade sobre essa ameaça silenciosa e mobilizar esforços para garantir a saúde e o bem-estar dos idosos, especialmente em um contexto de aumento preocupante de casos da doença.
A dengue continua sendo uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil. Com o avanço do ano de 2024, os números da doença sobem alarmantemente, mostrando uma tendência que pode superar os registros do ano anterior. Até o momento, já foram contabilizados mais de 2,5 milhões de casos e 923 mortes, apenas nos primeiros três meses.
O crescimento expressivo no número de casos prováveis e mortes por dengue chama atenção para um possível novo recorde, superando o ano de 2022, que fechou com 1.016 mortes confirmadas. Importante destacar que cerca de 14% dos casos registrados são de pacientes com mais de 60 anos, sugerindo uma vulnerabilidade maior desse grupo etário à doença.
Por que os idosos estão mais vulneráveis à dengue?
Segundo Maura Salaroli, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, os idosos possuem maior risco de desenvolver formas graves da dengue. “Pacientes com mais de 65 anos, mesmo sem comorbidades, são automaticamente classificados em um grupo de risco elevado, necessitando de monitoramentos mais frequentes, como hemogramas regulares e, em alguns casos, atendimentos diários”, explica a especialista.
A reação geral é de preocupação, principalmente entre as faixas etárias mais afetadas. A população busca entender melhor sobre as formas de prevenção e os principais perigos relacionados à doença. Informações e orientações sobre como combater focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, estão sendo cada vez mais procuradas.
Com o intuito de esclarecer dúvidas frequentes e oferecer mais segurança à população, campanhas informativas e ações de conscientização são intensificadas em várias regiões do país. Estas iniciativas visam não somente educar, mas também incentivar práticas diárias que podem significativamente reduzir os casos de dengue.
- Quais são as medidas mais eficazes no combate à dengue?
- Eliminar água parada, que pode se tornar criadouro do mosquito:
- Remover recipientes que possam acumular água.
- Manter pneus velhos, recipientes plásticos e pratos de plantas limpos e secos.
- Usar repelente e instalar telas em janelas e portas para evitar o contato com mosquitos:
- Aplicar regularmente repelentes na pele exposta.
- Instalar telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos.
- Manter quintais e áreas externas limpas e organizadas, reduzindo assim os possíveis habitats para os vetores:
- Podar a vegetação regularmente.
- Eliminar recipientes descartados e entulhos.
- Limpar ralos e calhas para evitar acúmulo de água.
- Buscar atendimento médico ao identificar sintomas da dengue:
- Febre alta.
- Dor de cabeça intensa.
- Dor atrás dos olhos.
- Dores musculares.
- Manchas na pele.
- Outros sintomas semelhantes aos da gripe.
Confrontados com esta crescente ameaça, é crucial que todos os setores da sociedade colaborem e se mantenham informados. A luta contra a dengue é contínua e requer o comprometimento de cada indivíduo para que possamos superar este desafio juntos.
Imagem: RAISP